sábado, 27 de março de 2010

Imã para loucos...

Não sou uma pessoa séria. Nem um pouco. Mas quando estou andando sozinha na rua, fecho a cara. Talvez eu suavize um pouco os músculos quando vejo alguma criança, um cachorro ou um cara gatinho. Mas mesmo assim, continuo com cara de poucos amigos.
Na verdade, isso é uma tentativa frustrada de tentar afastar criaturas loucas. Porém, não sei o que acontece, que tenho um imã para esse tipo de gente. Parece que pessoas completamente estranhas se sentem à vontade para expressar suas opiniões comigo... sobre mim!
Lembro de uma vez, há um tempo atrás, que um senhorzinho bem rabugento me deu uma bronca por eu estar roendo minhas unhas. "Vou colocar pimenta nessas unhas para você ver o que é bom!" Falou em um tom super bravo. Ia responder, mas fiquei sem reação.

Mais recentemente, estava na rua, quando vejo uma bicha louca e gorda de óculos de gatinha (que ele deve ter roubado da sobrinha de 5 anos), andando com a bunda rebolando. O sujeito passa por mim, olha para minha cara e fala: "Feia!" Até olhei para os lados para ver se ele não estava falando com outra pessoa, mas só tinha eu. Ou seja, a feia era eu!
Mais uma vez, fiquei sem reação, mas, depois, pensando bem, achei que poderia levar como um elogio, vindo de uma pessoa como aquela. E também imagino se eu resolvesse chamar de feia todas as pessoas desprovidas de beleza que passarem por mim. "Feia! Feia! Feia!" Era só o que iria falar...

Mas acho que a coisa mais louca foi quando estava indo para o trabalho, quando um cara de uns 40 anos me pára e pergunta onde ficava a Brigadeiro Luís Antônio. Eu, muito prestativa e simpática, aponto para trás e digo que ele tem que pegar um ônibus naquela direção. Continuei andando no meu caminho e vi que ele continuou andando comigo. "Moço, é do outro lado." Eu disse. "Ah, mas eu vou por aqui mesmo." Tudo bem, então... mas apertei o passo porque já senti cheiro de gente louca. Foi aí que ele, do nada, vira e me diz: "Seu cabelo está bom assim. Não corta ele não." Olhei com a cara mais de assustada possível e ele diz: "É que sou médico espírita, sei dessas coisas. Aliás, você tem namorado ou marido? Porque vejo que você vai encontrar um cara muito bem de vida logo, logo." Pôxa, e o cara parecia ser tão normal...
Graças a Deus, tive que virar a rua e ele seguiu em frente. Mas sim, ele estava certo. Eu encontrei vários caras bem de vida... meus alunos! Agora casar com eles, já são outros quinhentos... Ah, e cortei o cabelo logo depois desse episódio.

Mas moral da história é: ande sempre com fones de ouvido, óculos de sol e cara de bunda. E se alguém te pedir alguma informação, finja que não fala português.

terça-feira, 23 de março de 2010

Thank you, guys! E algumas bizarrices do dia...

Ah gente, estou emocionada com as pessoas divulgando e comentando no meu blog!! O dia que eu ficar famosa, dar entrevista no Jô e escrever um livro, juro que vou lembrar de vocês. Vou mandar beijos e colocar os nomes na dedicatória!

Hoje o dia foi cheio. Foi só comentar que estava tudo muito normal que as coisas estranhas começaram a aparecer.

Bizarrice nº 1: Essa é uma dúvida que me perseguiu o dia todo. Quanto cocô uma pessoa tem na cabeça para ir em uma entrevista de emprego com uma calcinha de oncinha aparecendo praticamente por inteiro? Não, o cargo não era para quenga na Augusta!

Bizarice nº 2: E essa foi flagrada pela Dai, que, logo logo, vai ser minha partner aqui no blog.
Aqui vai a foto de um cara no metrô Tatuapé às 8:30, tentando se matar.


O mais engraçado e palavras da Dai: "você tinha q ver o cara falando vou me matar e o pessoal: se mata... Se mata... Rssss"
Aposto q alguém ainda vem zoar dizendo: "Tinha q ser ZL..."

Bizarrice nº3: Acabo de receber uma mensagem no meu facebook de um cara chamado Nêodo e com idade para ser meu pai, me passando uma cantada. Se alguém tá zoando com a minha cara, fala agora que vamos ter um papo sério! Se não for, e for conhecido de alguém, me desculpe, mas eu vou cortar meus pulsos com faquinha de pão pullman agora mesmo. Deus, essa é a minha única opção??
Só espero que o próprio não esteja lendo esse blog...

domingo, 21 de março de 2010

A caixa de correio!

Vou começar a minha lista de micos com o mais memorável de todos: a estória da caixa de correios. Pois então, você que já sabe dessa estória já deve estar rindo só de lembrar, certo? Mas para você que não sabe, aqui vai o ridículo que essa pobre menina que vos fala passou...
Estava eu indo pegar o ônibus em plena Paulista de manhã, em plena hora do rush, em frente ao Conjunto Nacional. Imaginou a cena? Imaginou quantas pessoas? Pois então, estava eu indo para o ponto de ônibus e com um pouco de pressa. Virei para trás e vi que meu ônibus estava chegando. Saí correndo, mas ainda olhando para trás. Quando de repente, eu ouço um estrondo e minha cabeça começa a doer muito. Foi aí que vi que o estrondo era da minha cabeça batendo numa caixa de correio! Lembro da dor e de que achei que ia ficar surda de um lado, porque estava ouvindo meu Ipod e tinha batido com tudo o meu lado direito. Comecei a ouvir até um zumbido... O barulho deve ter sido grande, porque vi que um cara que estava indo atravessar a rua virou com tudo para ver o que estava acontecendo.
Naquela hora, eu tinha duas opções: Fingir q tinha sido algo grave e simular um desmaio ou fingir que nada tinha acontecido. Escolhi a segunda opção e segui em frente tentando fazer a maior pose possível. Mas nossa, como minha cabeça doía...E claro, perdi o ônibus. Mas aí também lembrei porque NUNCA corro atrás de ônibus, não importa o quanto estou atrasada!
Só sei que se você passar por lá e ver que a caixa de correio tem uma marca de uma cabeça, é a minha! Como um amigo meu disse, não existem mais caixas de correio em SP, eu consegui bater na única!

Começando...

Sou, por natureza, atrapalhada. Nunca fui boa em esportes, não sei cozinhar e não penso rápido. Para alguém do meu tamanho, eu consigo falar muita besteira de uma vez só quando estou inspirada. Sou distraída e super diverger. Vivo no mundo da lua.
Mas o mais estranho é que quando páro para observar o que está acontecendo a minha volta, só vejo coisas bizarras, que me fazem querer voltar ao meu mundinho autista.
Sendo assim, resolvi fazer uso dessas minhas peculariedades e criar esse blog. Quero compartilhar todos os micos que pago e todas as coisas esquisitas que vejo por aí nessa cidade maluca. E as estórias são muitas. Afinal, são dois anos e meio trabalhando indo para praticamente todos os cantos da cidade em um dia só. Pegando muito sol, chuva, trânsito e ônibus lotado.
E dessa forma, espero fazer um bem à humanidade. Porque quando você estiver, por algum motivo, se achando ridículo, pense que sempre tem alguém pior que você (e, muitas vezes, esse alguém sou eu).
E sinta-se à vontade para compartilhar suas estórias. Afinal, existe coisa melhor que rir da desgraça alheia? =D